Destravar a língua

                                                                                                   "Destrabando la lengua" (Español)

É de forma aleatória, inconstante e emocional que inicio os meus ciclos. 

Assim é este Mukuarimi. O tal "linguarudo" de Alfredo Troni, que, no meu caso, tem sido um autêntico trava-língua desde que o lancei há uns 9 anos. Vestiu-se já de muita coisa: folhetim contestatário; diário de viagem; diário desses que normalmente, porque nos espelham, guardamos a oito chaves (não vá alguém ter cópia das sete de lei). É o meu espaço - aleatório, inconstante e emocional. A ele regresso sempre que necessito.

Recomeço o ciclo.

Mudei o aspecto e reativei o Mukuarimi. Porque preciso de escrever com urgência. Nos últimos anos nunca deixei de colaborar com publicações – Austral, Rede Angola; tive, até, um programa de rádio aqui em Querétaro. Chamava-se “Muxima” e arrogava ser “El Corazón de África en México”. Foram três meses interessantes.

Trabalhei em muita coisa: professor de Português; ajudei a vender produtos para animais de estimação num mercado; bumbei numa multinacional indiana de TI, numa coisa que nunca cheguei a entender ; vendi cursos de idiomas a empresas. Foram empregos que me permitiram estabilizar no México, mas que obrigaram, de alguma forma, a abafar este impulso. Jornalista é dessas coisas que não se é, simplesmente. É pele.

Tento, neste momento, retomar contactos. Ando a chatear este mundo e o outro com um “não sabes de alguém interessado em freelancers neste lado do mundo”? Enquanto nada se concretiza, este será o meu bunker. É que carne sem pele apodrece rápido. Até que finalmente nos cai o coração.

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