“O elefante e a pomba”
Fonte: diegorivera.com |
Os dois artistas casaram-se pela primeira vez a 21 de agosto
de 1929. “Diziam que era um casamento entre um elefante e uma pomba”, recordaria
a pintora. O casamento, passional até à medula, foi marcado pelas infidelidades
de Diego. Em 1939, finalmente divorciaram-se... para se voltar a casar um ano
depois, a 8 de dezembro de 1940, numa relação cheia de amantes consentidos por
ambos.
Sobre as relações de Diego, Frida escreveu: “Sei que todas essas cartas, aventuras com mulheres, professoras de ‘inglês’, modelos ciganas, assistentes com ‘boas intenções’, ‘emissárias plenipotenciárias de sítios longínquos’, são apenas coqueteio”.
A partir de 1940, a pintora começou a brilhar com luz
própria no meio artístico. Mas o seu estado de saúde era precário. Numa noite de
verão, avisa a Diego: ”Sinto que te vou deixar muito em breve.“ Um dia depois,
na madrugada de 13 de julho de 1954, Frida sucumbe. “Foi o dia mais trágico da
minha vida”, confessou o muralista.
Diego Rivera partiu três anos depois. Mas antes, pediu para
ser incinerado, e que as suas cinzas fossem misturadas com as de Frida,
“molécula por molécula”, como escreveu numa carta a Toño Pelaéz. O reencontro nunca
se deu. Diego foi sepultado na Rotunda dos Homens Ilustres, na Cidade do
México. Longe da emblemática Casa Azul onde em paz repousa Frida.
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