“O elefante e a pomba”

Fonte: diegorivera.com
Diego Rivera e Frida Kahlo são dessas histórias de amor que arrebatam, de tão humanas. Em 2002, o filme “Frida”, de Julie Taymor, transformou este casal num mito romântico universal.

Os dois artistas casaram-se pela primeira vez a 21 de agosto de 1929. “Diziam que era um casamento entre um elefante e uma pomba”, recordaria a pintora. O casamento, passional até à medula, foi marcado pelas infidelidades de Diego. Em 1939, finalmente divorciaram-se... para se voltar a casar um ano depois, a 8 de dezembro de 1940, numa relação cheia de amantes consentidos por ambos.

Sobre as relações de Diego, Frida escreveu: “Sei que todas essas cartas, aventuras com mulheres, professoras de ‘inglês’, modelos ciganas, assistentes com ‘boas intenções’, ‘emissárias plenipotenciárias de sítios longínquos’, são apenas coqueteio”.

A partir de 1940, a pintora começou a brilhar com luz própria no meio artístico. Mas o seu estado de saúde era precário. Numa noite de verão, avisa a Diego: ”Sinto que te vou deixar muito em breve.“ Um dia depois, na madrugada de 13 de julho de 1954, Frida sucumbe. “Foi o dia mais trágico da minha vida”, confessou o muralista.

Diego Rivera partiu três anos depois. Mas antes, pediu para ser incinerado, e que as suas cinzas fossem misturadas com as de Frida, “molécula por molécula”, como escreveu numa carta a Toño Pelaéz. O reencontro nunca se deu. Diego foi sepultado na Rotunda dos Homens Ilustres, na Cidade do México. Longe da emblemática Casa Azul onde em paz repousa Frida.

Regressar

Comentários

Mensagens populares