Missão Encoberta: o Toucado de Moctezuma
Uma operação secreta no Weltmuseum Wienm, o Museu de Etnologia de Viena de Áustria, causou um burburinho inusitado. Mexicanos viraram agentes infiltrados com uma missão de memória: contar a história indígena sobre o chamado Toucado de Moctezuma, peça que terá pertencido a este imperador azteca, e que a Áustria se recusa a devolver ou sequer emprestar ao México. História hilariante que reviveu a exigência da restituição às culturas da América Latina de peças que os colonos levaram.
O Toucado de Moctezuma é a peça estrela do Museu de Etnologia de Viena (DR) |
Um museu com relíquias de valor incalculável na rica Viena de Áustria. No centro de uma galeria, um toucado de plumas de quetzal sobre uma base de ouro e pedras preciosas. Colorido, grandioso, uns impressionantes 175 centímetros de comprimento e 116 de altura. mais de 500 anos de exuberância. Veio de Tenochtitlán, a desaparecida capital azteca. Os povos indígenas acreditam que pertenceu a Moctezuma, o imperador que viu chegar os espanhóis.
Longe de casa, a peça tornou-se a principal atração da instituição austríaca. Sem surpresas, no seu marketing agressivo excluiu parte importante da história do toucado, a que contam os descendentes dos aztecas. A situação era injusta e havia que fazer algo, pensaram dois mexicanos, que assumiram a missão sigilosa de repor a sua verdade. Conspiradores: Sebastián Arrechedera, documentalista, e Yosu Arangüena, publicista. Plano: hackear os audioguias do Museu de Etnologia de Viena. Objetivo: desmontar o conto de fadas que o museu contou durante séculos sobre o Toucado de Moctezuma e contar como a permanência da peça na Europa perpetua, por si só, a história de roubo, sofrimento e colonização dos povos indígenas.
ADN austríaco
O hackeo dos audioguias foi o último episódio de uma longa saga à volta do toucado. Nos últimos 20 anos, vários presidentes mexicanos têm exigido o seu regresso ao México. Mas foi com o atual mandatário, Andrés Manuel López Obrador, que a coisa atingiu níveis de confrontação diplomática.
Há dois anos, López Obrador enviou à Áustria a esposa Beatriz Gutiérrez Müller (académica e escritora que recusou o “cargo” de primeira dama) com a missão explícita de entregar uma missiva ao presidente daquele país. A ação deu-se no contexto dos 700 anos da fundação de Tenochtitlán e dos 500 anos da Conquista. “Seria um grande acontecimento, um momento estelar na nossa história comum, que o Toucado do nosso grande chefe, o tlatoani Moctezuma, pudesse exibir-se no nosso país. Assumo o compromisso, como governante, de devolvê-lo no prazo máximo de um ano, se vocês não desejarem doá-lo à República Mexicana”, prometeu López Obrador.
A resposta foi um não rotundo. Há poucas semanas, comentando a troca dos audioguias no Weltmuseum Wienm, o presidente mexicano retomou o tema e não poupou críticas às autoridades austríacas, que acusou de terem sido “arrogantes e prepotentes” durante o encontro de 2020 com Beatriz Gutiérrez. “Foi muito desagradável”, classificou. “Uma senhora que se sente dona do toucado negou imediatamente emprestá-lo (…). Nem sequer se propunha a devolução, era apenas para emprestar (…) Temos que insistir neste tema, para que nos devolvam o penacho e tudo que roubaram dos nossos países”.
Os austríacos justificam o seu suposto mau-humor com razões técnicas. Em entrevista ao El País, Gerard van Bussel, o curador das coleções da América do Norte e Central do Museu do Mundo, seção onde está o toucado, é cortante: “Se o moves vai-se danificar e ninguém quer isso”. “Tem provavelmente mais de 500 anos, está principalmente feito de material orgânico, como as plumas, e tem mais de 1500 peças pequenas de ouro e latão. Estes materiais orgânicos e inorgânicos friccionam-se entre si. Em todos estes anos fragilizou-se bastante”. “Não somos uma prisão para objetos”, ressalta, mas “há que deixá-lo quieto, em paz”.
Gerard van Bussel baseia-se em estudos feitos em 2010 por especialistas austríacos e mexicanos que inviabilizavam uma viagem transatlântica do toucado. Mas estas conclusões de há mais de 10 anos começam a ser postas em causa. A troca dos audioguias no Museu de Etnografia está a ter efeitos imprevistos, mais além da missão justiceira. Uma deputada austríaca, Petra Bayr, pediu no Parlamento austríaco uma nova análise científica com base na tecnologia atual para determinar a possibilidade ou não de uma viagem até terras mexicanas. A resposta inicial do parlamento à petição surpreendeu: teme a politização do penacho pelo governo mexicano.
A posição dos deputados austríacos emula as discussões nem sempre pacíficas sobre o tema dentro do próprio México. Sobre o toucado, historiadores mexicanos repetem a ideia de que isto é mais político que interesse genuíno pela restituição do património cultural do país, e que não há que pedir a devolução de nada, já que a peça terá sido oferecida pelo próprio Moctezuma (e é má educação pedir o que se ofereceu). Omitem que, nos últimos três anos, o atual governo recuperou quase 6 mil peças que deambulavam pela Europa (um número recorde), ou os fortes posicionamentos oficiais contra leilões de artefactos de culturas indígenas do México em casas de leilão de luxo, como a Christie’s.
Mais além de politiquices, os que se opõem ou resistem a debater o tema parecem não entender o simbolismo e importância de toda esta discussão – não é uma peça que está em causa é todo um sistema de humilhação e a devida restituição da dignidade, como vincam Sebastián e Yosu. “Podemos não estar de acordo com tudo o que [Xokonoschetlet Gómora] gravou na mensagem, mas é o ponto de vista de uma pessoa que foi humilhada, que não tem sido tomada em conta pelo governo depois de 40 anos de um ativismo forte. Há que entender as suas palavras agressivas, essa vingança histórica. O que passou já passou, a invasão é um período histórico da humanidade, mas o racismo no México hoje existe, o classismo é muito forte e pensamos que estas discussões fazem com que a sociedade dialogue sobre como seguir adiante”.
As palavras que chegam da Europa confirmam esta necessidade urgente, repetem os povos indígenas. Boquiabertos, ouvem as palavras de Sabine Haag, diretora do Museu de História de Arte de Viena, do qual depende o Museu Etnográfico, ao jornal El Pais: “O toucado esteve mais de 450 anos no nosso país (…) é também parte do património cultural dos austríacos, do seu ADN e da sua história. Isto é muito importante para entender esta peça que, como outras, formam parte da identidade cultural da Áustria.”
O plano começou com a gravação de um áudio onde se contava esta visão mexica (nome dado aos habitantes de Tenochtitlán) sobre o artefacto. O indígena mexicano Xokonoschetlet Gómora escreveu e deu voz à mensagem que põe o dedo na ferida desde a primeira palavra: “Olá, dou-vos as boas-vindas a este audioguia da verdade. Uma versão da história contada pelos herdeiros dos que sofreram a invasão europeia (…) Sou um descendente azteca e tenho dedicado a minha vida para que a sagrada coroa do nosso emperador Moctezuma volte à nossa terra (…) Hoje é 13 de agosto do ano de 2021, um dia de luto para o México, porque assinalam-se os 500 anos da destruição de Tenochtitlán às mãos do invasor espanhol Hernán Cortés”.
Ao longo de oito minutos, Xokonoschtletl relata em inglés, espanhol e alemão que “Kopili Ketzali”, nome da peça en náhuatl, a língua dos aztecas, “é uma maravilhosa coroa real”. “Não é um penacho. Significa poder espiritual. É como a mitra do Papa”. Por fim, o ativista denuncia que “a história escrita por Hernán Cortez fala de um imperador [Moctezuma] que se prostrou aos seus pés, mas a verdade é que foi uma invasão que exterminou uma civilização completa”.
Com a mensagem gravada, o plano avançou para a etapa decisiva. Sebastián e Yosu compraram dezenas de audioguias iguais aos do museu, configuraram-nos para que a gravação de Xokonoschtletl disparasse no momento em que os visitantes se posicionassem em frente ao toucado (o relato sobre as outras galerias não foi alterado) e infiltraram-se no Weltmuseum Wienm. Pouco a pouco, começaram a trocar os audioguias originais pelos modificados. Faziam-no às escondidas na casa de banho do museu. “No primeiro dia estávamos mortos de medo, mas demo-nos conta de que era muito fácil substituir os aparelhos”, contaram ao jornal Confidencial. Para não dar nas vistas com visitas diárias, reuniram cinquenta jovens de várias nacionalidades que os ajudaram a completar a missão.
Quando o Confidencial publicou a entrevista a Sebastián e Yosu, em fevereiro deste ano, a intervenção continuava no segredo dos deuses. Entre risadas, admitiam: “O museu ainda não descobriu o que fizemos.”
Ao longo de oito minutos, Xokonoschtletl relata em inglés, espanhol e alemão que “Kopili Ketzali”, nome da peça en náhuatl, a língua dos aztecas, “é uma maravilhosa coroa real”. “Não é um penacho. Significa poder espiritual. É como a mitra do Papa”. Por fim, o ativista denuncia que “a história escrita por Hernán Cortez fala de um imperador [Moctezuma] que se prostrou aos seus pés, mas a verdade é que foi uma invasão que exterminou uma civilização completa”.
Com a mensagem gravada, o plano avançou para a etapa decisiva. Sebastián e Yosu compraram dezenas de audioguias iguais aos do museu, configuraram-nos para que a gravação de Xokonoschtletl disparasse no momento em que os visitantes se posicionassem em frente ao toucado (o relato sobre as outras galerias não foi alterado) e infiltraram-se no Weltmuseum Wienm. Pouco a pouco, começaram a trocar os audioguias originais pelos modificados. Faziam-no às escondidas na casa de banho do museu. “No primeiro dia estávamos mortos de medo, mas demo-nos conta de que era muito fácil substituir os aparelhos”, contaram ao jornal Confidencial. Para não dar nas vistas com visitas diárias, reuniram cinquenta jovens de várias nacionalidades que os ajudaram a completar a missão.
Quando o Confidencial publicou a entrevista a Sebastián e Yosu, em fevereiro deste ano, a intervenção continuava no segredo dos deuses. Entre risadas, admitiam: “O museu ainda não descobriu o que fizemos.”
Sebastián e Yosu, os estrategas da missão no museu vienense (DR) |
Xokonoschetlet Gómora gravando a mensagem do seu povo para os audioguias adulterados (DR) |
Os ativistas trocavam os audioguias nas casas de banho do museu (DR) |
A Coroa
Toucado ou Coroa de Moctezuma (Confidencial) |
Verdade ou não, está claro que a peça é um símbolo de séculos de violações. No áudio modificado, Xokonoschetlet insistiu em relembrá-lo. “A peça chegou a Viena como consequência do saqueio europeu do património histórico que se exibe em museus desse continente com Áustria, França, Espanha, Inglaterra e Alemanha”.
A ciência certa, sabe-se que o penacho data de 1515 e saiu de território mexica pouco depois da conquista espanhola do império azteca, em 1521. Por essa altura, empreendeu uma odisseia rumo à Europa colonialista. Nas crónicas do conquistador Bernal Díaz de Castillo, parceiro de Hernán Cortés, lê-se que “o grande Moctezuma (…) deu coisitas de ouro e três cargas de mantas de labores ricas de plumas”, o que para alguns historiadores indica que o toucado poderá ter feito parte dessa oferta. Histórias tipo lenda contam que o artefacto terá sido roubado e desviado por piratas que atacaram os barcos de Hernán Cortés. Alguns académicos garantem, por outro lado, que foi oferecido ao imperador Carlos V.
Os 80 anos que se seguiram à saída do toucado de Tenochtitlán são um mistério. A peça aparece pela primeira vez num documento apenas em 1596, o inventário da coleção privada do arquiduque austríaco Fernando II, parente de Carlos V. Descreviam-no como um “toucado mourisco de longas e belas plumas resplandecentes, verdes e douradas”. Nenhum papel, pista ou testemunha esclarece como chegou à Áustria. Nos 280 anos seguintes, andou de mão em mão, até chamar a atenção de Ferdinand von Hochstetter, em 1878. Recém-nomeado diretor do novo Museu de História Natural de Viena, o geólogo austríaco encontrou o penacho dobrado e coberto de pó no palácio de Belvedere, dos Habsburgo, enquanto vasculhava coleções imperais para alimentar o museu. Confirmada a origem mexicana, a peça foi exposta pela primeira vez em 1880. Em 1928, passou para a galeria atual.
A ciência certa, sabe-se que o penacho data de 1515 e saiu de território mexica pouco depois da conquista espanhola do império azteca, em 1521. Por essa altura, empreendeu uma odisseia rumo à Europa colonialista. Nas crónicas do conquistador Bernal Díaz de Castillo, parceiro de Hernán Cortés, lê-se que “o grande Moctezuma (…) deu coisitas de ouro e três cargas de mantas de labores ricas de plumas”, o que para alguns historiadores indica que o toucado poderá ter feito parte dessa oferta. Histórias tipo lenda contam que o artefacto terá sido roubado e desviado por piratas que atacaram os barcos de Hernán Cortés. Alguns académicos garantem, por outro lado, que foi oferecido ao imperador Carlos V.
Os 80 anos que se seguiram à saída do toucado de Tenochtitlán são um mistério. A peça aparece pela primeira vez num documento apenas em 1596, o inventário da coleção privada do arquiduque austríaco Fernando II, parente de Carlos V. Descreviam-no como um “toucado mourisco de longas e belas plumas resplandecentes, verdes e douradas”. Nenhum papel, pista ou testemunha esclarece como chegou à Áustria. Nos 280 anos seguintes, andou de mão em mão, até chamar a atenção de Ferdinand von Hochstetter, em 1878. Recém-nomeado diretor do novo Museu de História Natural de Viena, o geólogo austríaco encontrou o penacho dobrado e coberto de pó no palácio de Belvedere, dos Habsburgo, enquanto vasculhava coleções imperais para alimentar o museu. Confirmada a origem mexicana, a peça foi exposta pela primeira vez em 1880. Em 1928, passou para a galeria atual.
Museu de Etnologia de Viena (Confidencial) |
ADN austríaco
O hackeo dos audioguias foi o último episódio de uma longa saga à volta do toucado. Nos últimos 20 anos, vários presidentes mexicanos têm exigido o seu regresso ao México. Mas foi com o atual mandatário, Andrés Manuel López Obrador, que a coisa atingiu níveis de confrontação diplomática.
Há dois anos, López Obrador enviou à Áustria a esposa Beatriz Gutiérrez Müller (académica e escritora que recusou o “cargo” de primeira dama) com a missão explícita de entregar uma missiva ao presidente daquele país. A ação deu-se no contexto dos 700 anos da fundação de Tenochtitlán e dos 500 anos da Conquista. “Seria um grande acontecimento, um momento estelar na nossa história comum, que o Toucado do nosso grande chefe, o tlatoani Moctezuma, pudesse exibir-se no nosso país. Assumo o compromisso, como governante, de devolvê-lo no prazo máximo de um ano, se vocês não desejarem doá-lo à República Mexicana”, prometeu López Obrador.
A resposta foi um não rotundo. Há poucas semanas, comentando a troca dos audioguias no Weltmuseum Wienm, o presidente mexicano retomou o tema e não poupou críticas às autoridades austríacas, que acusou de terem sido “arrogantes e prepotentes” durante o encontro de 2020 com Beatriz Gutiérrez. “Foi muito desagradável”, classificou. “Uma senhora que se sente dona do toucado negou imediatamente emprestá-lo (…). Nem sequer se propunha a devolução, era apenas para emprestar (…) Temos que insistir neste tema, para que nos devolvam o penacho e tudo que roubaram dos nossos países”.
Os austríacos justificam o seu suposto mau-humor com razões técnicas. Em entrevista ao El País, Gerard van Bussel, o curador das coleções da América do Norte e Central do Museu do Mundo, seção onde está o toucado, é cortante: “Se o moves vai-se danificar e ninguém quer isso”. “Tem provavelmente mais de 500 anos, está principalmente feito de material orgânico, como as plumas, e tem mais de 1500 peças pequenas de ouro e latão. Estes materiais orgânicos e inorgânicos friccionam-se entre si. Em todos estes anos fragilizou-se bastante”. “Não somos uma prisão para objetos”, ressalta, mas “há que deixá-lo quieto, em paz”.
As autoridades austríacas insistem que a fragilidade da peça impede-a de viajar até ao México (Cuarto Oscuro) |
Gerard van Bussel baseia-se em estudos feitos em 2010 por especialistas austríacos e mexicanos que inviabilizavam uma viagem transatlântica do toucado. Mas estas conclusões de há mais de 10 anos começam a ser postas em causa. A troca dos audioguias no Museu de Etnografia está a ter efeitos imprevistos, mais além da missão justiceira. Uma deputada austríaca, Petra Bayr, pediu no Parlamento austríaco uma nova análise científica com base na tecnologia atual para determinar a possibilidade ou não de uma viagem até terras mexicanas. A resposta inicial do parlamento à petição surpreendeu: teme a politização do penacho pelo governo mexicano.
A posição dos deputados austríacos emula as discussões nem sempre pacíficas sobre o tema dentro do próprio México. Sobre o toucado, historiadores mexicanos repetem a ideia de que isto é mais político que interesse genuíno pela restituição do património cultural do país, e que não há que pedir a devolução de nada, já que a peça terá sido oferecida pelo próprio Moctezuma (e é má educação pedir o que se ofereceu). Omitem que, nos últimos três anos, o atual governo recuperou quase 6 mil peças que deambulavam pela Europa (um número recorde), ou os fortes posicionamentos oficiais contra leilões de artefactos de culturas indígenas do México em casas de leilão de luxo, como a Christie’s.
Mais além de politiquices, os que se opõem ou resistem a debater o tema parecem não entender o simbolismo e importância de toda esta discussão – não é uma peça que está em causa é todo um sistema de humilhação e a devida restituição da dignidade, como vincam Sebastián e Yosu. “Podemos não estar de acordo com tudo o que [Xokonoschetlet Gómora] gravou na mensagem, mas é o ponto de vista de uma pessoa que foi humilhada, que não tem sido tomada em conta pelo governo depois de 40 anos de um ativismo forte. Há que entender as suas palavras agressivas, essa vingança histórica. O que passou já passou, a invasão é um período histórico da humanidade, mas o racismo no México hoje existe, o classismo é muito forte e pensamos que estas discussões fazem com que a sociedade dialogue sobre como seguir adiante”.
As palavras que chegam da Europa confirmam esta necessidade urgente, repetem os povos indígenas. Boquiabertos, ouvem as palavras de Sabine Haag, diretora do Museu de História de Arte de Viena, do qual depende o Museu Etnográfico, ao jornal El Pais: “O toucado esteve mais de 450 anos no nosso país (…) é também parte do património cultural dos austríacos, do seu ADN e da sua história. Isto é muito importante para entender esta peça que, como outras, formam parte da identidade cultural da Áustria.”
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