Até amanhã, Camaradas
Obscuridade. Elite endinheirada, com os cantos da boca sujos das migalhas de um regime que a instrumentaliza. Povo escorraçado das suas terras por sanguessugas engravatados protegidos pela polícia e militares. O clássico tríptico – homens, mulheres e crianças – nas ruas, espancado pelos homens fardados do sistema. Medo. Das sombras. Crescendo de medo que explode porque não dá mais. Revolta. “Temos fome”. Povo-feito-panela-de-pressão, que explode em grito e marcha sobre a cidade. Resistência. Revolta. Resistência. E bufos. E cobardes. E as sombras, essas sombras. E interrogatórios, tortura, prisão. Repressão. “Pão, pão, pão!”. Grito de quem querem obrigar (mas não se deixam) a sucumbir à lógica imposta.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Afinal, é apenas ficção. Portugal, 1944. “Até amanhã, camaradas”, mini-série que devorei ontem, madrugada dentro, de uma só vez. Baseada no livro homónimo de Manuel Tiago. Pseudónimo de Álvaro Cunhal. Comunista. 1944, a resistência e a liberdade 30 anos depois. Porque ela é possível. “Até amanhã, camaradas”. Até amanhã.
Comentários
Tenho acompanhado a evolução desta página e a verticalidade no que se escreve.
Gostaria de aconselhar-te um site couter para teres a noção de quantos te visitam. Ou não o pretendes ainda?
Podes tb melhorar o layout da página para torná-la mais atractiva. Este é um esforço a que todos nós, os bloggers (bloguistas) estamos sujeitos.
Um abraço e aguardo tb reparos teus no meu "olho atento", aliás, www.mesumajikuka.blogspot.com