A conjura comunista da CIA



A participação da juventude comunista na manifestação dos estudantes do IPN, a 26 de julho, ajudou a montar uma teoria da conspiração que metia Moscovo ao barulho. Muito ao estilo desses tempos, Luis Cueto, Chefe da Polícia da Cidade do México, afirma que há uma “conjura internacional comunista” contra o “governo e o país”.

Joel Ortega, então militante do Parido Comunista Mexicano, refuta as acusações: “O partido somou-se aos estudantes, mas estava na cauda do movimento”. No mesmo tom, Leonardo Figueiras assume à JN História que, “sim, havia simpatizantes comunistas” mas reafirma: “esta luta nasceu de forma espontânea a partir da repressão aos estudantes, nunca cumpriu agendas internacionais e em nenhum momento visou a tomada do poder”.

A propósito, Joel Ortega conta-nos um episódio: “Num ato na UNAM, em 1975, Luis Echeverría, Secretário da Governação do México em 1968, acusou-nos de ser agentes da CIA. Confrontei-o com a incongruência: que bela conspiração comunista, que afinal é apoiada pela CIA! Não me respondeu”.

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